domingo, 23 de fevereiro de 2014

CAPÍTULO 46. 47 E 48

CAPÍTULO 46

— Obrigado por vir nos buscar.
Mesmo sem a entonação vazia na voz de Joseph, Demi podia perceber a exaustão em seus ombros e nas linhas fundas do rosto. Sentira-a emanando dele na volta do hospital.
— Por que não toma um banho e dorme um pouco? Ficarei com Graham. — Ela estendeu os braços para o bebê, mas Joseph se virou um pouco, os braços em torno da criança adormecida, a apertando.
— Estou bem.
Demi apaixonou-se mais um pouco por ele. No dia anterior, Joseph sofrera um susto enorme, e agora não queria deixar Graham longe. Embora detestasse ver Joseph sofrendo, o laço que havia entre ele e o filho mostrava que poderia ser o pai amoroso que ela esperava que fosse. E, se podia amar Graham, talvez encon­trasse um lugar em seu coração para ela e Cody.
— Mamãe! — gritou Cody enquanto corria ao encontro de Demi no vestíbulo, com Sarah bem atrás.
Demi o ergueu nos braços, apertou-o e agradeceu, em silêncio, pela saúde do filho.
A assistente de Joseph voltara ao trabalho aquela ma­nhã, embora fosse um domingo, e então, quando Joseph ligara, Sarah se oferecera para cuidar de Cody enquan­to Demi pegava pai e filho no hospital. O olhar cansado de Joseph se voltou para a assistente.
— Que bom que está se sentindo melhor.
— Eu também agradeço. Lamento que meu vírus tenha feito seu filho adoecer. Mas você está com uma aparência horrível. Siga o conselho de Demi, tome uma boa chuveirada e descanse. Demi e eu temos tudo sob controle.
— As inscrições...
— Demi descobriu a vencedora enquanto você estava no hospital. Deve ter ficado acordada metade da noite. Li o pedido, e, sem dúvida, é a ideal. Depois que des­cansar, eu lhe mostrarei, mas não antes.
Demi mordeu o lábio para não sorrir ao tom autoritá­rio de Sarah, e esperou a reação de Joseph.
— Está bancando minha mãe de novo.
— Alguém precisa fazer isto. Vá, deite Graham no berço quando subir. Eu sei que dormir é a melhor maneira de combater o vírus e vencê-lo.
Joseph hesitou alguns momentos, então subiu a esca­da. Demi ansiava ir com ele. Depois que ele desapare­ceu no alto da escada, Demi viu Sarah a observando.
— Alguma coisa errada?
— Não sei o que fez com ele, mas gostei. Apenas es­pero que não lhe parta o coração.
— Meu coração?
— Você o ama, já percebi. E aviso, não será fácil, mas minha mãe sempre disse que aqueles a quem era mais difícil amar eram os que mereciam mais. Este certamente é o caso de Joseph.
Demi queria negar, mas não podia. E Joseph estava diferente demais daquele homem distante, isolado, frio e viciado em trabalho que conhecera. Talvez aquilo pu­desse funcionar.
— Demi, por que não sobe e vê se ele precisa de al­guma coisa? Estou vendo que quer fazer isto.
— Cody...
— Está muito bem comigo. É um garoto encantador.
— Sim, é. Tem certeza?
— Estou bem de novo. Vamos comer alguma coisa, Cody.
— Odie fome. — Mexeu-se nos braços de Demi, e ela o desceu.

Então ele estendeu a mão confiante para Sarah, e os dois se dirigiram para a cozinha. Demi reuniu coragem e subiu a escada.

CAPÍTULO 47
Joseph segurou as grades do berço de Graham e ten­tou recuperar o controle. Sua vida virara de cabeça para baixo desde a chegada do garotinho. Mas estava deter­minado a consertá-la e voltar ao plano original. O tra­balho sempre estaria lá, as pessoas não davam a mesma garantia.
Sentiu a aproximação silenciosa de Demi. Ela parou ao lado dele, oferecendo-lhe o apoio sem palavras. Seu cheiro de madressilva o envolveu e lhe acalmou os nervos abalados.
— Como sabia o que fazer quando Graham teve a convulsão?
— Tive alunos com epilepsia e aprendi a cuidar deles durante um episódio.
— Eu não tinha a menor ideia.
— A maioria das pessoas não tem. Mas convulsões por causa de febre geralmente só ocorrem no começo de uma doença. Graham não deve ter outra por causa deste vírus.
— Onde aprendeu?
— Internet. — Sorriu, e alguma coisa se iluminou den­tro dele.
Devia afastá-la e começar a separação inevitável, mas não tinha força para isto.
Ela lhe tocou as costas.
— Estou ouvindo um chuveiro quente chamar seu nome.
Uma imagem do corpo dela quente e molhado contra o dele fez o coração de Joseph bater com mais força.
— Venha comigo.
— Para o chuveiro?
O choque nos olhos dela o fez perceber que não era uma boa ideia.
— Para dormir.
— Eu... nós... Sarah... — Mordeu o lábio, então acenou. — Está bem, por alguns momentos, depois preciso liberar Sarah.
Ele sorriu. Ela ficava tão facilmente perturbada. Se­gurou-lhe a mão e a levou ao banheiro, sentou-a na banqueta diante da bancada e tirou a roupa. Gostava da forma como os olhos dela seguiam cada movimento, devorando cada pedacinho de pele revelado. Suas pupilas cresceram, o rosto ficou ruborizado, os lábios se abriram, excitando-o até mesmo antes de tirar as meias.
Os olhos dela se arregalaram quando viu a reação dele a ela, e a língua umedeceu os lábios. Queria tanto a língua dela nele que quase desistiu do banho. Mas precisava lavar o cheiro do hospital. E então tê-la. Cada centímetro sardento dela.
Entrou no boxe, lavou-se e enxaguou-se depressa, o tempo todo completamente consciente da observação de Demi, dos dedos dela se dobrando, como se quisesse lavar a pele fervendo.
A necessidade de preencher o vazio que se abrira quando entendeu que precisava deixá-la partir se tor­nou urgente demais. Fechou a torneira, enxugou-se rapidamente com a toalha que ela lhe entregou. Não se deu ao trabalho de se pentear, apenas passou os dedos pelo cabelo e estendeu a mão para ela. Demi se ergueu na ponta dos pés e encontrou a boca de Joseph com lábios suaves. Por melhor que fosse, não era o bastante. Precisava dela nua junto a si. Então despiu-a depressa, jogando as peças no chão, afastou-a alguns centímetros para admirar lhe os seios pálidos e os mamilos rosados. Olhar também não era suficiente. Provou um, depois o outro, a fome lhe apertando as entranhas.
E então mapeou, faminto, cada curva de pele macia, com as palmas, os dedos, acariciando, pegando, apertando. Quando viu o reflexo das costas dela nos espe­lhos, pensou em tomá-la ali, na bancada, onde poderia observar cada estocada do corpo dele no dela. Mas não. A última vez não podia ser apressada. Queria fazer tudo devagar, saborear cada segundo, cada sensação, cada toque, cada cheiro, cada respiração.
Carregou-a para a cama e deitou-a, desejando ter tempo para contar todas as suas sardas. Mas isto levaria o dia todo e não tinha tempo nem paciência.
Ela ergueu os braços para ele, mas primeiro precisa­va provar seu doce néctar uma última vez. Ele beijou-lhe a boca, e as línguas duelaram, abriu-lhe os grandes lábios com dedos impacientes e a encontrou molhada, excitada e pronta para ele. Moveu-se para baixo, pro­vou cada um dos mamilos, sentiu a fragrância inebriante da pele antes de se aproximar do umbigo e do triân­gulo de pelos ruivos. Encontrou o botão inchado e o lambeu. Ela arquejou, e seu corpo arqueou.
Ele segurou-lhe as nádegas e a manteve cativa. Determinado a fazer da última vez a melhor, devorou-a. Lambeu e sugou, provocado pela música de seus gemi­dos e suspiros e, quando o corpo dela ficou tenso, mostrando-lhe que estava à beira do clímax, penetrou-a com os dedos e sentiu o aperto íntimo e a antecipação de tomá-lo. Ela estremecia e se contorcia, então os músculos se contraíram em tomo de seus dedos. Mas um orgasmo não era o suficiente. Joseph queria que ela se lembrasse daquilo, se lembrasse dele. Levou-a à margem de novo e de novo até ela amolecer em seus braços.
— Por favor, Joseph, preciso de você.
À voz trêmula o fez perder o controle. Deitou-se sobre ela naquele espaço entre as pernas com o qual sonhara tantas vezes e quase se esqueceu do preservativo. O que mostrava o quanto a deixara se aproximar. Abriu brusca­mente a gaveta da mesinha de cabeceira e cuidou, impa­ciente, do assunto. Segurou-lhe o olhar enquanto mergu­lhava, centímetro por centímetro, no abraço quente, úmido e apertado. O desejo lhe queimava a base da espi­nha, o corpo lhe ordenava que se aprofundasse nas cha­mas e afundasse no inferno, mas ele se segurou, tentando chegar lentamente, saborear cada carícia daquela caver­na, cada toque dos dedos. O suor lhe cobriu a pele com o esforço.
Demi cruzou os calcanhares em suas costas e se er­gueu para encontrar cada estocada. As unhas curtas lhe arranhavam a carne, não o ferindo, mas abalando-lhe o controle, então roçaram-lhe os mamilos e a represa ex­plodiu. Não podia adiar nem mais um segundo o alívio, que o tomou totalmente, abalando-lhe o corpo e a alma com as ondas de prazer alucinante, os espasmos se sucedendo infinitamente.
Quando tudo terminou, estava mais consumido do que nunca. Caiu como um castelo de cartas. As mãos de Demi o afagaram nas costas, acalmando-o, relaxando-o com o abraço. Quando encontrou forças, ele ergueu-se nos cotovelos, inalou profundamente o ar perfumado de sexo e madressilva e silenciosamente disse adeus. Hora de reconstruir as barreiras.

CAPÍTULO 48 

Déjà vu. Demi apertou o telefone e bateu à porta do quarto de Joseph. Bateu de novo e, quando ele não res­pondeu, ela entrou. Estava ainda na cama, nu, deitado de bruços, com o lençol lhe cobrindo apenas a parte inferior do corpo. Viu os arranhões que apenas ela poderia ter feito e ruborizou.
Ele piscou, rolou de lado e passou a mão no rosto.
— Você está vestida.
— Sim. Há um telefonema para você. Sarah disse que é urgente.
Ele se sentou, o lençol caiu e revelou a linda carne masculina. Estendeu a mão, e ela teve que se aproxi­mar para entregar-lhe o aparelho. O ar cheirava a ele, a eles, e ao que haviam feito. O coração dela disparou, e o desejo surgiu de novo, surpreendendo-a com sua violência.
— Jonas. — E então suas costas enrijeceram. — Quando? — Ouviu, fechou os olhos, suspirou, o alívio palpável. — Ela está bem?
E então Demi soube. O telefonema só poderia significar uma coisa. E embora ficasse feliz por Graham, não sabia o que aconteceria entre ela e Joseph. Quando Ash voltasse, Demi perderia o emprego.
— Ótimo, ponha-a no avião. Estarei esperando. — Desligou e soltou o aparelho na cama. Virou-se para ela. — Ash está vindo para casa.
— Quando chegará?
— Amanhã de manhã. Está embarcando agora. Descerei em dez minutos.
As últimas palavras eram claramente uma rejeição, e o rosto dele... o rosto dele tinha a mesma expressão fechada e severa do dia em que o conhecera. Por que aquilo parecia o começo do fim?

Desculpem a demora mas é que eu estou doente mais precisamente pneumonia passei a semana em casa mas não deu pra mim postar espero que entendam pode ser que mais tarde se der posto mais um e detalhe já está na reta final da história.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

CAPÍTULO 44 E 45 MARATONA

CAPÍTULO 44
Joseph entrou na cozinha enquanto ela envolvia a mesa com o lençol, uma pilha de inscrições na mão. Demi achou que era um progresso ele querer trabalhar perto deles em vez de se trancar no escritório.
— O que está fazendo?
— Mantendo Cody distraído enquanto preparo o jantar.
Uma gama de emoções passou pelo rosto de Joseph tão rapidamente que ela não conseguiu identificá-las.
— Kevin e eu costumávamos brincar numa tenda sob a mesa da sala de jantar. Tinha esquecido.
O coração dela se apertou.
— Ele era muito mais velho do que você.
— Sete anos. Era meu herói. — Puxou uma cadeira e se sentou, os olhos em Cody e a expressão vazia. — Procurou por mim quando saiu do sistema. Tinha 18 anos e queria cuidar de mim. Hank o mandou embora. Implorei a Hank que me deixasse ir com Kevin, mas Hank disse que Kevin estava morto para mim, como o restante de nossa família. E então ele morreu.
Lágrimas queimaram os olhos de Demi.
— Ah, Joseph. Isto foi cruel. Lamento tanto.
— Hank era assim. “Esqueça o passado, acabou”, dizia. “Viva o presente e planeje o futuro.”
— Mas, se suas lembranças são boas, por que não quer mantê-las?
— Porque não é possível mudar o passado. Podemos apenas moldar o futuro. Lembrar é perda de tempo.
— Seu passado o moldou. Cada experiência que teve, boa ou ruim, fez de você o que é hoje. Negar ou esquecer estas experiências apenas o faz esquecer as lições que cada uma delas lhe ensinou. Pelo que vejo, seus primeiros oito anos de vida foram maravilhosos.
Ele suspirou.
— Foram.
Demi queria tanto ir até ele, abraçá-lo e confortá-lo. Mas não podia. Assim, apenas colocou uma das mãos no ombro dele e apertou.
— Sei que perder sua mãe, seu pai e seu irmão o magoaram, mas eles continuam a viver, Joseph. Em você. E, um dia, Graham vai querer saber como seus avós foram fantásticos. Vai querer ouvir histórias sobre você e Kevin. Não lhe negue isto.
O rosto dele se fechou.
Demi já o tinha pressionado demais. Por isso, calou-se e lhe permitiu processar o que haviam conversado enquanto preparava o jantar. Então um som estranho chegou pelo monitor. Parecia que Graham estava sufocando. Demi largou tudo, apagou as bocas do fogão e correu escada acima. O rosto de Graham estava contor­cido, o pequeno corpo, tomado por espasmos. Uma convulsão. Demi virou-o de lado e verificou se podia respirar bem.
— O que há de errado? — Joseph estava em pé atrás dela.
— Está tendo uma convulsão. Chame os paramédicos e abra o portão da frente.
Quando ele não se moveu, ela o encarou. Joseph estava congelado, o rosto cinzento de medo.

— Chame-os agora, Joseph. Precisamos de ajuda!

CAPÍTULO 45
Joseph andava pelo espaço pequeno ao lado da cama no setor de emergência. Tinha sido inútil, maldição, quando Graham mais precisara dele. Se não fosse pela forma calma com que Demi lidara com a crise... Inter­rompeu o pensamento. Queria Demi agora aqui, para lhe prometer que o bebê pálido naquela cama ficaria bem, mas havia lugar apenas para ele na ambulância que levara Graham.
Olhou para Graham, sedado e com uma porção de aparelhos ligados ao corpinho. Como diria a Ash que permitira que seu filho adoecesse? A cortina se abriu, e um médico entrou.
— Graham tem um histórico de convulsões, sr. Jonas?
— Não sei.
— Alguma alergia?
Demi lhe fizera a mesma pergunta semanas antes, e Joseph tinha ficado irritado. Agora estava em pânico. Devia saber aquelas coisas.
— Não sei.
— Você é o pai dele, certo?
— Sim. Sim, sou o pai dele. — E, com a admissão pela primeira vez, veio o enorme peso da responsabilidade.
Demi estava certa. Graham era seu filho.
— Sou o pai dele, mas Graham não vive comigo, e sim com a mãe, em Atlanta. Ela está fora do país e não é possível falar com ela. Nunca mencionou nenhum problema de saúde. Mas não tenho alergia a nada, e ela também não.
— Bom saber.
— Quando ele vai acordar?
— Logo. Precisamos sedá-lo para fazer os exames. A boa notícia é que vieram todos negativos.
— Isto quer dizer que vai parar de me tratar como se eu o tivesse machucado?
— Desculpe, mas vemos muitos casos de abuso e te­mos que ter certeza. Assim, separamos pai e filho até sabermos. Não é nada pessoal.
Parecia malditamente pessoal para ele.
— O que causou a convulsão?
— Acreditamos que foi uma febre muito alta e repen­tina. Você ou sua... a mãe dele tem um histórico de convulsão causada por febre?
— Não sei. — Estava começando a odiar aquelas duas palavras.
— Alguém em sua casa adoeceu recentemente?
— Não... sim, minha assistente. Ela teve uma febre alta ontem.
— Então talvez seu filho tenha sido contaminado pelo mesmo vírus.
— A convulsão pode acontecer de novo?
— Provavelmente, mas se for causada pela febre, de­saparecerá em poucos anos. Gostaríamos que ele passasse a noite aqui, apenas por precaução.
Joseph olhou para Graham, tão frágil e desamparado na cama grande. Uma sensação avassaladora o tomou. O garoto invadira suas defesas, permitira-se gostar dele, sabendo que, se... quando Ash voltasse para casa, levaria Graham para Atlanta. Para sua própria seguran­ça, pensou Joseph, precisava restaurar a distância entre ele e o garoto. Mas não aquela noite.
— Não quero deixá-lo sozinho.
— É compreensível, sr. Jonas. Se sair agora e nos der alguns minutos, terminaremos aqui e o levaremos para um quarto antes de ele acordar. — O médico segurou a cortina, uma ordem silenciosa para ele sair.
Joseph relutou.
— Senhor, tomaremos conta dele, prometo.
Afastar-se daquela cama, de seu filho, foi a coisa mais difícil que Joseph já fizera. Deixar Graham, Demi e Cody saírem de sua vida para sempre seria ainda pior. Mas podia fazer aquilo, já sobrevivera a dores maiores.

Acho que estou começando a ter pena do Joe.

CAPÍTULO 42 E 43 MARATONA

CAPÍTULO 42

Um grito infantil o assustou e o fez erguer a cabeça. Os meninos tinham descoberto alguma coisa... parecia um sapo. O anfíbio pulou, e Cody o imitou. Graham tentou e fracassou, e Joseph riu. Eram adoráveis, como Demi dizia.
— Vá tomar sua chuveirada. — Ele assustou a si mes­mo com a sugestão.
— Mas...
— Eu cuido deles.
Não acreditava que estava se oferecendo para olhar as crianças, mas Demi merecia um bom banho de chu­veiro. Aquilo não significava que estava se ligando a ela ou aos meninos; estava apenas tentando ser um patrão decente e um amante atencioso.
Ela continuou a hesitar.
— Vá, Demi, e leve o tempo que precisar.
Observou-a sair, o coração disparado.
— Bem, garotos, agora somos só nós.
Graham se aproximou com os passinhos inseguros.
— Pa, pa, pa.
Joseph abriu a boca para negar, mas fechou. De que adiantava? O menino não podia compreender mesmo.
Então Graham subiu no colo de Joseph, que não teve coragem de afastá-lo. Observou-o tocando-lhe as rou­pas, então o menino suspirou, colocou o polegar na boca e aninhou o corpinho quente em seu peito, como fazia com Demi. Segundos depois, estava profundamente adormecido.
Joseph estudou o rostinho tranquilo e sentiu um im­pulso forte de fugir, mas se mexer significaria acordar o menino, e uma sessão de choro bastava para toda uma vida. Então ficou sentado. As únicas coisas se movendo eram os olhos, enquanto observava Cody.
O pequeno corpo de Graham começou a escorregar. Joseph ergueu os braços e envolveu o bebê. Sua palma cobria as costas inteiras do menino. Tão pequeno, tão confiante. Causava tanto problema, não fazia parte nenhuma do plano de vida de Joseph.
Cody se juntou a eles, e os grandes olhos azuis observaram a cena. Joseph não tinha ideia de como carregaria os dois meninos, embora Demi fizesse aquilo parecer fácil. Esperava que Cody não pedisse colo.
— Gam mindo.
— Ah, sim, Graham está dormindo.
— Odie num dome.
A borboleta passou e atraiu a atenção do garoto de novo.
Joseph disse um silencioso obrigado quando o garotinho loiro seguiu o inseto. Baixou o olhar para o peso no colo e viu o redemoinho no cabelo escuro de Graham. O mesmo que Joseph tinha e que pagava um preço tão alto para o cabelereiro disfarçar.
O que faria se Ash não voltasse para casa? A pergun­ta de Demi, feita dias atrás, subitamente lhe surgiu na mente. Não queria ser responsável pelo filho de Ash. Mas o que mais poderia fazer? Não poderia deixar que o sistema cuidasse dele... não depois da forma como havia fracassado com Kevin. Adoção? Seria possível, ele ainda era muito novo e adorável. Mas a ideia de estranhos criando o menino, de jamais saber se recebia os cuidados e as atenções de que precisava, fez as en­tranhas de Joseph se revolverem.

Sobrava apenas a decisão de cuidar dele se Ash não voltasse. O coração de Joseph disparou. Se fosse abso­lutamente necessário, cuidaria de Graham como Hank cuidara dele, com babás e internato. Não tinha sido uma infância ideal, mas era muito melhor do que a al­ternativa. A ideia de mandar aquele menino para um ambiente escolar estéril não o agradava, mas era tudo o que poderia fazer. Não levava jeito para pai. Ansiou Ash para não passar pelo teste.

CAPÍTULO 43

Apesar do que Joseph dissera, Demi se apressou no ba­nho. Não queria que ele pensasse que tirava vantagem do novo relacionamento para fugir do trabalho. Desceu correndo a escada, passou pela porta da frente e parou quando viu Joseph com o filho dormindo no colo. Seu coração amoleceu.
O bebê não devia estar confortável naquela posição, mas o fato de Graham dormir tão tranquilo no colo do pai e, mais importante, o fato de Joseph permitir, tornava o momento valioso demais para destruir. Cody ainda corria atrás da borboleta, mas quando a viu, correu para ela.
— Colo, mamãe. Pegue. — Apontou a borboleta.
— Não podemos pegá-la, benzinho, iríamos machucá-la.
Tomou-o nos braços e lhe beijou a testa, o olhar se encontrando com o de Joseph acima da cabeça do filho. A ternura no rosto de Joseph logo se transformou em alívio e depois em um inferno de desejo quando seus olhos lhe percorreram o corpo. O dela reagiu instantaneamente, mas obrigou-se a se mover com pernas trêmulas.
— Ele tem meu redemoinho. — A voz de Joseph era baixa e profunda.
— Eu lhe disse que se parece com você. Tem até alguns de seus maneirismos.
— Isto é impossível.
— É? Quem sabe o que é natureza e o que é criação?
— Chão, mamãe, chão — pediu Cody, e Demi o colocou de volta no gramado.
— Cody tem coisas do pai, embora eles nunca tenham se encontrado. Então quem sabe o que existe em nosso DNA?
— Incomoda-a ver seu ex-marido nele?
— Não. Na verdade, espero que Cody herde a capacidade musical do pai.
— Ainda o ama? Lucas, não é?
— O amor que tive por Lucas morreu quando ele deu as costas ao filho.
O rosto de Joseph enrijeceu, e Demi percebeu que ele tomara suas palavras como crítica.
— Você acha que fiz o mesmo.
— Entendo seus motivos para rejeitar Graham, mas ele continua a ser uma parte de você. É seu filho. Deixe-me levá-lo para o berço, onde ficará mais confortável.
— Quer mesmo correr o risco de acordá-lo? Ele chora mais alto do que o alarme da piscina quando está infeliz.
— Realmente tem pulmões muito saudáveis, mas seu horário de sono foi perturbado. Precisa voltar à rotina.
Ela se agachou, e seus dedos roçaram o peito de Joseph quando pegou Graham. Seu corpo esquentou. Então notou que o rosto do bebê estava vermelho, e encostou os dedos nele.
— Está um pouco febril.
Joseph endureceu.
— O que vamos fazer?
— Por enquanto, observá-lo. Um pouco de febre é bom, mostra que o organismo está combatendo algum vírus. Mas se a febre aumentar, precisaremos abaixá-la e encontrar um pediatra. Ajudaria se soubesse o nome do médico dele em Atlanta.
— Não sei.
— Não se preocupe, talvez não seja necessário. Vamos preparar o jantar, Cody.
Ela carregou Graham para dentro, Joseph e Cody ao lado. Então Joseph foi para o escritório, e ela subiu para deitar Graham. Mais uma vez, lhe tocou o rosto. Febres repentinas não eram incomuns em crianças, mas precisava vigiá-lo. Pendurou o monitor na lateral do berço.
— Odie ome.
— Sim, querido, é quase hora do jantar. Vou fazer uma tenda para você brincar enquanto cozinho.
— Tenda!
A excitação do filho a fez sorrir. Pegou um lençol no armário e levou Cody para baixo.

Desculpem tinha esquecido de postar pois estava fazendo umas atividades da faculdade e perdi meu time, bom já posto mais 2 se tiver comentários.  

sábado, 15 de fevereiro de 2014

CAPÍTULO 41 MARATONA

Um som agudo interrompeu o banho de Joseph. Fechou o chuveiro e tentou identificá-lo. O alarme da pis­cina, instalado para tocar se um dos dois meninos caísse na água. O coração disparou. Agarrou uma toa­lha e a amarrou na cintura enquanto corria pela casa. O barulho parou enquanto descia a escada dos fundos, mas ele não diminuiu a velocidade. Chegou à piscina e viu a bola azul de Cody flutuando. Não havia sinal de Demi e dos meninos na área. E nenhuma criança com problema.
O pânico diminuiu, e a razão recuperou o controle. A bola devia ter sido lançada na piscina pelo vento. Mas Demi era sempre cuidadosa e recolhia todos brinquedos e os guardava. E onde estavam eles? Voltou para a casa.
— Demi!
Silêncio. Subiu as escadas.
— Demi!
Mas sabia que ela o teria ouvido da primeira vez se estivesse em casa... e, se o trio não estava em casa, então estaria do lado de fora. Sarah ainda não melhorara, e o carro permanecia com ela. Joseph insistira que David ficasse com ele enquanto cuidava da esposa. Se Demi, Graham e Cody tivessem ido a algum lugar, teria sido a pé.
Voltou ao quarto e se vestiu rapidamente, então des­ceu de novo e foi procurá-los à margem do rio. Ninguém. Tentou se consolar com o conhecimento de que Demi não deixaria que nada acontecesse aos meninos. Sabia que cuidaria dos dois com a própria vida.
Virou-se e estudou a casa. O portão da frente não estava aberto, assim, se tivessem saído, teria que ser pelos fundos. Voltou pela lateral da casa e, no pátio da frente, viu Cody correndo atrás de uma borboleta, com Graham o seguindo, Demi estava sentada sobre um cobertor estendido no gramado, as pernas esticadas, e sua risada chegou a ele.
O alívio encheu o coração de Joseph. Parou para recu­perar o fôlego e esperar que os batimentos cardíacos dimi­nuíssem de velocidade. Parte dele queria gritar com ela porque o alarme que exigira que fosse instalado o havia apavorado. Mas se lembrou de que aquilo significava que funcionava. Se um dos meninos tivesse caído, teria chega­do a tempo de resgatá-lo. Sentiu um aperto nas entranhas ao pensamento de Graham ou Cody se machucando... ou pior, e aquilo estava muito longe de seu constante desejo de mandar o trio para o inferno e longe da casa dele.
Então viu Demi olhando-o, o rosto marcado pela pre­ocupação.
— Você está bem?
— Sim. — Jamais lhe contaria como se sentia exausto, sem fôlego, fraco. Aproximou-se e se sentou ao lado dela. — Ouvi o alarme da piscina.
— Sinto muito. A bola caiu e não tive coragem de pegá-la com aqueles dois ao meu lado. Estou tentando ensinar a eles que a piscina é proibida, que só podemos brincar no gramado.
Ela usava as mesmas roupas que ele tirara dela antes, e o cheiro do sexo que haviam feito emanava dela. Uma nova onda de excitação fez seu corpo reagir. Como po­deria querê-la de novo tão cedo? Mas queria. Queria deitá-la de costas no cobertor e despi-la. Bem ali. Bem agora. Mas isto não poderia acontecer com a dupla di­nâmica por perto.
— Sem tempo para uma chuveirada?
Ela enrubesceu.
— Não. Os meninos estavam acordados quando subi. E você?
— O som do alarme me tirou do banho.
Ela sorriu, observou-o, e o olhar parou na orelha direita. Demi ergueu a mão, hesitou, então a baixou, como se fosse desconfortável tocá-lo. Havia tocado muito mais que a orelha mais cedo.
— Isto explica a espuma sob sua orelha.
Ele sentiu o lugar.
— Então preciso voltar.
Observou-lhe o cabelo castanho revolto... cabelo que despenteara enquanto a beijava... e se lembrou daquela primeira manhã, quando a encontrara na cozinha, com olhos sonolentos. Não tivera tempo de se arrumar antes de os meninos exigirem sua atenção.
— Nunca pensei que não pudesse tomar um banho quando quisesse por causa dos meninos.
Ela deu de ombros.
— Descobrir como atender às próprias necessidades depois de cuidar da criança é parte do aprendizado de uma mãe.
E, de repente, ele se sentiu um patrão abusivo e, dro­ga, sempre se orgulhara de fazer da Jonas Ltda. um lugar com um excelente ambiente de trabalho.
— Vou pedir à governanta que lhe dê mais folgas.
— Joseph, foi você que me lembrou que estou sendo muito bem paga pelo excesso de trabalho. Não se preocupe.
Ele cedeu ao impulso de alisar os fios de cabelo desarruma­dos, saboreando o toque dos fios sedosos em seus dedos. Queria senti-los em seu peito, sua barriga, mais abai­xo... uma coisa que o sexo incendiário no escritório não permitira. Empalmou lhe a nuca e puxou-a para si.
— Você fica linda com esta expressão de cama.
Ela enrubesceu.
— Os meninos...
Ele os observou.
— Estão ótimos.

E então lhe capturou a boca e provou a doçura dela. Depois de uma breve hesitação, a língua dela acariciou a dele, e comprimiu a mão contra seu coração. A temperatura e o pulso de Joseph dispararam. Como Demi desper­tava nele uma reação tão intensa e tão rápida? Lembrou a si mesmo que casos no começo sempre eram quentes, mas então esfriavam. Este seguiria o mesmo padrão.

CAPÍTULO 40 MARATONA

Amava Joseph Jonas. Talvez fosse uma simples paixonite, que superaria com facilidade. Certo, Demi, grande chance. Demi chutou a bola de Cody com um pouco mais de força. Uma brisa forte a pegou e a tirou do curso. A bola caiu na piscina. As ondas resultantes fizeram o alarme de segurança tocar. O baralho agudo cortou o ar. Cody apertou as mãos nas orelhas. Graham levou um susto, e o rostinho enrugou, indicando o cho­ro iminente. Demi ergueu Graham nos braços e pegou o cobertor que estendera na grama.
— Sinto muito, garotos. Está tudo bem, a bola foi na­dar. Vamos brincar no pátio da frente.
Ela não ousava tirar o brinquedo da água com os garotos tão perto. Um deles podia tropeçar e cair na pisci­na. O alarme desligaria assim que as ondas desapare­cessem. E, naquele momento, o apito parou.
— Vamos apostar corrida até o pátio da frente, Cody.
Cody gritou e correu. Ela manteve os passos lentos para que o filho ficasse à frente. Quando chegaram a uma parte sombreada, ela colocou Graham no chão e estendeu o cobertor. Os meninos se afastaram para explorar, e ela pensou em seu problema.
Amava o fato de Joseph ter instituído uma bolsa de estudos para alunos com desvantagens sociais e dedicar seu tempo para ler pessoalmente cada inscrição. Ama­va o fato de ter contratado uma equipe de investigado­res para procurar por Ash e libertá-la, embora a mulher o tivesse traído da pior forma. Amava a forma como olhava para Graham com uma mistura de espanto, fas­cinação e medo. Podia ser ensinado a lidar com o medo. As outras duas sensações lhe davam esperança.

Tivera crianças magoadas em suas classes antes, e no fim, sempre as conquistava, mas o processo nunca era fácil ou rápido. Teria que convencer Joseph de que merecia ser amado, a aceitar o amor. Então, e só então, ele seria capaz de retribuir o sentimento. Ajudá-lo a se curar se tomara mais do que uma missão pelo bem de Graham. Agora era pessoal. Ela e Cody tinham muito a perder com o resultado.

Se comentarem posto mais 2 hoje e continuo com mais 4 amanhã.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

CAPÍTULO 39

Talvez nunca mais fosse capaz de se mover. A total saciação prendia cada músculo do corpo de Joseph à cadeira, o resultado do sexo mais fenomenal de sua vida. E isto significava muito, já que jamais foi tímido.
Demi se mexeu no colo dele, e a sensação do corpo dela contra o seu o fez sentir uma nova e forte fisgada de desejo. Inalou profundamente o cheiro de almíscar e madressilva que enchia o ar e obrigou as pálpebras pesadas a se abrirem. A tensão no rosto de Demi foi a primeira indicação de que não estava no mesmo nível de nirvana.
Ela fez uma pequena careta enquanto tentava sair do poleiro inusitado. Joseph percebeu que ela não se sentia confortável com as pernas esticadas nos braços da ca­deira. Não que tivesse reclamado antes. Mas antes ele lhe apoiava quase todo o peso.
— Calma. Deixe-me ajudar. Vou segurá-la. Ponha as pernas sob o corpo, bem aqui, ao meu lado.
Segurou-lhe a cintura e a ergueu de leve enquanto ela punha um joelho na cadeira ao lado dele, depois o outro, e então se afastava. Joseph saiu dela e imediatamente sentiu a falta da conexão quente, o que era estranho, por­que sempre era ele que se separava da parceira. Mulhe­res sempre queriam abraçar, mas naquele dia era ele que sentia a necessidade de se demorar, de saborear o calor quente do corpo dela unido ao seu. Mas a deixou partir.
Ela desceu do colo dele e ficou em pé, insegura, as mãos cobrindo suas partes intimas como se, de repente, se sentisse tímida. O olhar se afastou do dele e percorreu o escritório. Ela pegou o jeans e se cobriu. Ele não gostou de não ter mais aquela visão.
— Por que a pressa?
— Os meninos. O trabalho. Uma chuveirada.
Agora era ela que queria lavar os fluidos de seus cor­pos, o resultado do que haviam feito. A situação tinha mudado de novo. E ele não gostou. Levantou-se, segurou-lhe o queixo e esperou até ela olhar para ele. A cau­tela nos olhos o surpreendeu.
— Arrependida?
Ela fechou os olhos, suspirou e os abriu de novo.
— Não.
Ele estudou lhe o rosto e, pela primeira vez, não conseguiu decifrar sua expressão. Havia alguma coisa acontecendo ali que não entendia. O quê? Não, melhor não perguntar. Aprendeu a evitar profundas conversas emocionais com mulheres. Preferia focalizar nos fatos.
— Gosto do seu sabor.
O rosto dela ficou escarlate, tão profundo que camu­flou as sardas. Ela fez aquela coisa de mover as pernas, e o pulso dele acelerou.
— Eu... ah... obrigada.
— E gosto de como me sinto com você quente e molhada em torno de mim. Esta noite, depois que os meni­nos dormirem...
Abruptamente, ela afastou-se do toque dele.
— Preciso mesmo de um banho antes que eles acordem. Eu... hum... o verei mais tarde.

Curvou-se para pegar o restante das roupas, propor­cionando-lhe uma deliciosa, mas muito breve, visão do seu traseiro, então fugiu nua da sala. Ele não tinha mui­ta certeza do que exatamente havia acontecido além de orgasmos mútuos, mas de uma coisa tinha certeza: aconteceria de novo.

Desculpem-me não deu pra mim postar antes as aulas nesse semestre começaram com tudo e tô sem tempo nenhum e ainda por cima estou ficando doente minha garganta está queimando e estou com um pouco de febre mas nada que um bom remedio não resolva .
Então eu passo tanto tempo sumida que pensei poxa podia dar meu face ou twitter para o pessoal ... mas eu não tenho tempo e nem paciência para os dois então vou dar meu número do whats app pra vocês se quiserem 85 8627-3284 então é isso se quiserem podem me perturbar não me importo. COMENTEM!!!